quarta-feira, 20 de junho de 2007

Carta a Ti

Não me parece que tenha alma de poeta mas escrever faz-me bem! É como o chorar que me lava a alma (às vezes lava-me toda. Choro a sério!). O meu sentir... a intensidade com que sinto. Não consigo fazer nada pela metade, tenho o coração na boca e sensações à flor da pele. As meias-medidas sempre me deram cabo da cabeça. A vida morna, também. Revejo-me perfeitamente na canção "Quero é Viver" do António Variações porque "que me importa o que serei/quero é viver/Amanhã, espero sempre um amanhã/e acredito que será mais um prazer/e a vida é sempre uma curiosidade que me desperta com a idade/interessa-me o que está para vir/a vida em mim é sempre uma certeza/que nasce da minha riqueza/do meu prazer em descobrir/encontrar, renovar, vou fugir ou repetir...". Quero mesmo é viver! Com intensidade, a mil à hora, furiosamente. Claro, que isto às vezes não é fácil. Tanta adrenalina, empolgação...esgotam-se-me as energias (é o problema das altas voltagens!). Há alturas em que o meu coração dispara com tanta intensidade que parece que me vou finar. Aí digo-lhe baixinho: "aguenta! foste tu que pediste!". É verdade, fui eu que pedi. E não me arrependo nada! Não me arrependo de sonhar, vivo para sonhar, e dou muitas vezes asas aos meus sonhos e..."carta aberta ao coração"! O problema está nas sintonias. Muitas vezes os corações estão descompassados e aí interrogo-me se vale mesmo a pena (logo me lembro do Camões que dizia "tudo vale a pena se a alma não é pequena". E pronto! Tou feita, outra vez!). Sabes do que gostava? Que os nossos corações acompanhássem aquela música, aquela que oiço tantas vezes mas que quero cantar contigo. Beijinhos.

1 comentário:

Chico disse...

COncordo contigo não a 100% mas a 1000%. Simplesmente genial!!A vida é mesmo isto: Sonhar.